Queria escrever uma história em que fosse a protagonista, mas o único protagonista aqui, és tu. Por más razões, desapareceste desta novela, e não deixaste saudade. És um ser que eu odeio profundamente. Todos aqueles minutos, segundos, micro segundos, que eu contava para te ver, são agora passados a odiar-te. Foram horas, dias, semanas, a teu lado, e agora, isso vale um nada.
No dia em que te conheci, não esperava nem metade do que aconteceu. Pensei que nunca mais me separaria de ti, que era para sempre. Um "amo-te" teu era uma expressão perfeita que me encantava de todas as formas possíveis, agora... é um erro sentimental que não deveria ter sido dito. Amei-te bastante, como nunca esperei algum dia vir a amar. Agarrei-me a ti como o vento agarra a folha da árvore, mas tal como o vento e a folha, a folha acaba por cair. Como a água do mar penetra entre os grãos da areia, tu mergulhaste em mim e fizeste de mim uma pessoa diferente.
Vejo que nada disto teve significado para ti, pois eras um pequeno miúdo entre tantos brinquedos, que, quis ficar com todos, até os mais banais e inúteis. Que falta de inteligência.
Hoje, arrependo-me de te ter conhecido tão intimamente, pois neste momento não estaria a sofrer. Tenho uma raiva absoluta à tua pessoa. Nunca esperei dizer isto, porém, foste quem mais amei sim, e a que mais me desiludiu também. Acho inacreditável seres o insensível que és... Eu teria vergonha!
Sei que foi o caminho mais correcto, deixar-te. Óbvio que não me arrependo dessa decisão, todavia, esta solidão imensa de estar num mundo que não o meu. Espero que a alegria chegue em breve e me traga um sorriso à cara, todos os dias, porque o sofrimento... esse acabou hoje.
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